2/02/2008

Estudantes carregam pendrive e laptop

DANIELA ARRAIS

da Folha de S.Paulo



Na mochila de Luiz Maurício Jardim Filho, 16, há espaço para pendrive, celular e laptop. Se não deu tempo de terminar o trabalho, ele leva o arquivo para dar os últimos retoques junto a colegas ou professores. Se precisa de um livro mas não o encontra na biblioteca, pesquisa o conteúdo na internet.
"A gente acaba dependendo da tecnologia para fazer tudo com mais agilidade", diz o aluno do Colégio Pueri Domus. "E, também, para ter mais fonte de pesquisa. Se for depender só da escola -onde existem cinco computadores por prédio- a gente não sabe se vai ter alguém querendo usar [a web]."
Para Felipe Tricate, 14, aluno do Colégio Magno, o destaque entre as inovações que chegam à sala de aula vai para a lousa eletrônica, que permite a exibição de imagens do computador e a escrita manual, além da gravação do conteúdo em CD ou DVD. "O professor pode desenhar na página, fazer esquemas. Acho positivo a escola usar a tecnologia, porque isso desperta o interesse da gente para estudar mais", diz Tricate.
Camila Amâncio, 15, deixa o celular e o iPod desligados enquanto está em aula, no Colégio Pio XII. Mas o pendrive com trabalhos e fotos de visitas pedagógicas está sempre com a estudante, que até faz algumas provas no computador.
Em casa, Camila usa a internet para complementar os estudos. "É um meio mais interativo de aprender as coisas", diz.
E a facilidade de já encontrar tudo pronto na internet? "Eu pesquiso, copio e colo o material, para leitura. Mas é para ler, entender e, só depois, escrever. É mais um processo para organizar as idéias", diz Camila.
Para Vitor Finotal, 16, que vai para o segundo ano do ensino médio, também no Pio XII, "é difícil controlar a vontade de copiar e colar". "Mas você sempre tem que saber que aquilo não é 100% confiável. Tem que pesquisar em livro também."
Por mais simples que seja copiar e colar textos da internet, os estudantes esbarram em anos de experiência dos professores. "Dá para perceber quando não foi o aluno que produziu aquele conteúdo", diz Maria Terezinha Vilardo Lopes, professora do Pio XII.
Ela costuma fazer roteiros de trabalho com os alunos, para que eles não cheguem com o conteúdo pronto. "A gente marca as etapas do trabalho. Em um dia eles levam slides, em outro, idéias para o texto."
Para João Roberto Moreira Alves, presidente da ABT (Associação Brasileira de Tecnologia Educacional), o importante não é a escola usar tecnologia, e sim fazer com que os alunos aproveitem essa tecnologia da melhor maneira. "Não adianta só disponibilizar condições de acesso. É importante ter um foco e fazer um processo de aprendizagem colaborativo", diz.

WiMAX viverá boom em 2 anos, diz Intel

SDEROT - A tecnologia WiMAX deve se disseminar rapidamente pelo mundo nos próximos dois anos, afirmou a Intel. "Em um ano ou dois, ela poderá ser encontrada em metrôs e áreas com grande demanda", disse Dan Eldar, chefe de projetos centrais da Intel em Israel, onde a WiMax é desenvolvida, à Reuters. "Levará algum tempo para atingir um disseminação massiva." A Sprint Nextel, operadora número três de transmissão de dados sem uso de fios, afirmou nesta terça-feira que está lançando de forma experimental seu serviço de Internet Xohm para funcionários em Chicago, Baltimore e Washington antes do lançamento comercial da WiMax no final de 2008 em algumas cidades dos Estados Unidos. A Sprint Nextel disse que investirá 5 bilhões de dólares até 2010 em redes WiMax usando o novo padrão 802.16e. A tecnologia WiMax, que vem com a expectativa elevar as receitas do setor, permite conexões em alta velocidade com a Internet em dezenas de megabits por segundo --mais rápido que o WiFi, que funciona somente em curtas distâncias. "Ela irá proporcionar o mesmo tipo de banda larga na estrada como se você estivesse em casa", explicou Gaby Waisman, gerente geral na Europa da Alvarion, uma fabricante israelense de modens e equipamentos WiMax. A tecnologia tem alcance de até 10 quilômetros, dependendo do número de usuários. Em cidades densas como Nova York, por exemplo, serão necessários mais estações transmissoras por conta da demanda do que em cidades mais esparsas e vazias. "Estima-se que o número de assinantes WiMax chegue a até 100 milhões em quatro ou cinco anos", afirmou Eldar.
WiMAX, Intel