3/04/2008

Americanos lerão mais a web que jornais em 2007


Os consumidores dos Estados Unidos este ano passarão mais tempo navegando pela Internet do que lendo jornais, indo ao cinema ou ouvindo música, de acordo com um estudo divulgado na terça-feira.


As conclusões são parte de um novo relatório do grupo private equity Veronis Suhler Stevenson (VSS), que demonstra que os anunciantes estão prestando atenção às mudanças no comportamento dos consumidores e colocando mais dinheiro em áreas como o marketing digital.
No ano passado, as duas maiores mídias publicitárias foram os jornais, com US$ 55,7 bilhões, e a TV aberta, com US$ 48,7 bilhões, de acordo com a VSS.
Mas o grupo estima que, em 2011, a Internet se tornará a maior das mídias publicitárias, com dispêndios da ordem de US$ 63 bilhões, e descreve essa virada como "um momento decisivo" no setor de mídia. "Consideramos que essa seja uma das mais importantes constatações do estudo", disse o diretor executivo da VSS, James Rutherfurd, em entrevista. A empresa conduziu o estudo em cooperação com a consultoria PQ Media.
Rutherfurd também apontou para um desdobramento potencialmente preocupante para o setor de mídia - o tempo total dedicado à mídia caiu ligeiramente no ano passado, em consequência do abandono, pelos consumidores, dos jornais e de outras fontes tradicionais de notícias e entretenimento.


Pela primeira vez em uma década, constatou o estudo, os consumidores dedicaram menos tempo à mídia em 2006 do que no ano anterior. O uso por pessoa caiu em 0,5%, para 3.530 horas ao ano, de acordo com o estudo, segundo o qual a mídia digital tipicamente requer menos tempo do que a mídia tradicional.
Por exemplo, os consumidores em geral assistem TV aberta ou a cabo em sessões de pelo menos 30 minutos, mas dedicam tempo médio de apenas cinco a sete minutos para assistir a vídeos gerados por usuários da Internet, segundo o estudo.
Isso pode contrariar previsões de alguns especialistas em mídia de que o uso da Internet elevará o tempo total dedicado pelos consumidores às mídias. Mas a VVS espera que a tendência se corrija em 2007, com alta geral de 0,1%, e em 2008, com avanço de 0,8%.
Reuters

Jovens preferem web a impresso para notícias


Uma pesquisa indica que quanto mais jovem, mais os norte-americanos buscam a Internet como fonte de informação e mais se distanciam do impresso e do telejornal, de acordo com a John F. Kenney School of Government de Harvard.


Cerca de 1,8 mil pessoas foram entrevistadas em todo os Estados Unidos, e concluiu-se que 16% do americanos entre 18 e 30 anos lêem o jornal todos os dias, enquanto apenas 9% dos abaixo de 18 lêem. No total, 20% dos entrevistados afirmaram ler jornais online todos os dias. Dos adultos acima de 30, 57% diz ver o telejornal todos os dias, de acordo com a agência Ansa.
"Em relação ao passado, estamos destinados a nos confrontarmos com um público que assiste e não com um público que lê", explica o professor Thomas Petterson, um dos diretores da pesquisa.
Na web, tanto se lê como se assiste. "A minha sensação é que o futuro da notícia é destinado a um meio eletrônico. Mas não sabemos ainda qual forma terá, se será como um jornal tradicional o se, ao contrário, o mercado vai pedir ainda outras adaptações", conclui Petterson.
Redação Terra

Quase 50% dos americanos usam web para se informar


Quase 70% dos norte-americanos acreditam que o jornalismo tradicional está fora de forma e perto da metade usa a Internet para se informar, de acordo com uma uma pesquisa online de We Media/Zogby Interactive. Quase a metade dos 1.979 pesquisados afirmou que sua fonte primária de notícias e informações é a Internet, número maior que os 40% do ano passado. Menos de um terço usa a televisão para se informar, enquanto 11% ouvem rádio e 10% lêem jornais.


Mais da metade daqueles que cresceram com a Internet, as pessoas entre 18 e 29 anos de idade, obtém a maioria das suas informações pela rede mundial de computadores, em comparação com os 35% entre os que têm 65 anos de idade ou mais. Adultos mais velhos formam o único grupo que prefere veículos distintos da Internet como fonte primária de informação.
Apesar de a maioria das pessoas pensar que o jornalismo é importante para a qualidade de vida, 64% estão insatisfeitos com o conteúdo midiático em suas comunidades, diz o estudo.
"Essa é uma reflexão realmente animadora de que as pessoas se importam com jornalismo e entendem que ele faz diferença para as vidas delas", disse Andrew Nachison, do iFOCOS, um instituto que organizou um fórum em Miami, onde as descobertas foram apresentadas.
Reuters